UMA NOVA ESCOLA PARA UMA NOVA SOCIEDADE: reflexões sobre a necessidade de um paradigma
educacional baseado na inovação pedagógica¹
Por Ana Carolina Novaes de Araujo
RESUMO:
Este artigo
busca elucidar possíveis causas para o fracasso da escola revelado através de
índices educacionais negativos e assustadores, bem como possíveis soluções para
esse problema. Uma das causas apresentadas neste trabalho é que escola atual
baseia suas práticas e currículo no paradigma fabril que surgiu na era
industrial e por isso faz uma educação para a sociedade do passado. Apresenta
como solução a construção de um novo paradigma educacional, baseado no
construcionismo de Papert, tendo uma nova concepção de ensinar e aprender e do
papel do professor, bem como a necessidade da escola inovar pedagogicamente
para que alcance resultados positivos, tendo como foco não mais o ensino, mas
sim a aprendizagem. Este estudo baseia-se fundamentalmente nos estudos de Fino,
Freire, Papert, Piaget, Toffler e Vygotsky.
PALAVRAS CHAVE:
Paradigma.
Construcionismo. Inovação Pedagógica.
Ensino-Aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
A cada dia que
se passa inúmeras pesquisas vêm sendo feitas com o objetivo de entender os
resultados demasiadamente negativos na educação. Observa-se, de uma forma
geral, e de uma forma bastante específica no Brasil, que há uma crescente
preocupação com os índices educacionais, que são assustadores. Esses índices revelam
que é necessário, para não dizer emergente, que se tome uma medida para que
haja uma relevante mudança na educação afim de que possamos ter pessoas
melhores preparadas para conviver, até mesmo sobreviver, em uma sociedade que
passa por inúmeras mudanças, que acontecem cada vez mais de forma acelerada e
intensa.
Diante desse
contexto surge o questionamento sobre o que é necessário fazer para mudar esse
quadro que se apresenta de forma tão preocupante. É imprescindível que se
repense a educação, e de maneira mais precisa se reveja as práticas do espaço
destinado historicamente para que essa educação aconteça de forma sistematizada:
a escola.
2.
NASCE A
ESCOLA...
Historicamente
podemos dizer que a escola pública surgiu para suprir a necessidade de uma
sociedade que precisava de mão de obra especializada para atuar nas fábricas
que surgiam após a Revolução Industrial. Essa escola não se preocupava com a
formação de cidadãos, mas sim com a formação de indivíduos moldados para
cumprir normas, regras e padrões como a sociedade moderna desejava e precisava.
Essa necessidade
surge com o advento de uma sociedade que saía de um padrão de vida pautado em trabalhos
manuais, despreocupada com o cumprimento de regras, horários, rotinas,
disciplina, para uma nova sociedade, a dita sociedade moderna, que requeria
essas características já que ela precisava estar adequada aos padrões desse novo
modo de viver. A igreja e a família, como outrora, não podiam mais, sozinhas,
preparar os indivíduos. Era imperativo que houvesse uma preparação adequada
para que fosse possível manter esse novo estilo de vida. Toffler reforça essa
ideia quando afirma que “a era mecânica [...] exigiu um novo tipo de homem.
Exigia habilidades que nem a família nem a igreja podiam, por si mesmas,
fornecer. Forçou uma revolução no sistema de valores[...]” ( TOFFLER, 1970, p 321). Em meio a essa realidade
pode-se dizer que surge um novo paradigma, uma nova forma de ver o mundo: o
paradigma fabril.
Fino (2001) ao
fazer sua leitura de Toffler diz que esse paradigma exigia um tipo de escola
que respondesse às necessidades do modelo industrial. Ela precisava preparar
pessoas para esse novo modelo e para isso foi necessário um ensino para a
massa. Segundo Toffler (ibidem), “a
educação de massa foi a engenhosa máquina construída pela industrialização para
produzir o tipo de adulto de que necessitava”. Esse adulto precisava habituar-se
a trabalhar entre quatro paredes, com horários a seguir, normas e padrões a
serem mantidos e alguém dizendo o que, quando e como fazer . Esta escola “para
todos” surge com um currículo rígido, burocrático, pautado no ensino, na
preparação da mão de obra especializada para atuar nessa nova sociedade.
3. NASCE UMA NOVA SOCIEDADE...
O tempo passou,
a sociedade mais uma vez mudou (seria melhor dizer que ela está em constante e
acelerada mudança). Não vivemos mais sob os desígnios da sociedade moderna,
sociedade industrial, poderíamos até mesmo dizer que não estamos mais dirigidos
pelo paradigma fabril. Isto é fato! A sociedade atual vive a era do
conhecimento, onde se privilegia o capital humano em detrimento do capital
financeiro que norteava as relações na era industrial. No entanto, apesar dessa
mudança tão nítida na sociedade, nota-se que a escola não tem seguido esse
ritmo frenético de mudanças. Caso pudéssemos fazer um paralelo entre imagens do
hoje e do ontem, veríamos fulgentes diferenças em diversas organizações, na
família, na sociedade como um todo, mas escassas seriam as alterações no espaço
escolar, desde sua estrutura física, suas práticas, seu currículo, suas
concepções.
Não estamos mais
vivendo sob a regência do paradigma fabril que exigia da escola uma prática que
propiciasse a formação da mão de obra que as fábricas necessitavam e que não
precisava ser criativa, autônoma, pensante, pelo contrário, precisava saber
seguir padrões e normas pré-estabelecidas, ditadas por alguém que tinha o
domínio do poder e por esse motivo controlava os comportamentos. Vivemos um
novo tempo em que a sociedade preocupa-se com a globalização, com a tecnologia
e resultados. Sociedade que procura pessoas aptas a lidar com tudo isso,
capazes de agir com criatividade e autonomia, de gerir seu conhecimento e seu
tempo.
4. UMA VELHA ESCOLA NUMA NOVA SOCIEDADE
Em meio a essa
realidade, voltamos o nosso olhar para a escola, que em tese, seria a
instituição responsável por “preparar” o indivíduo a atender a demanda do seu
tempo e verificamos que, nesse sentido, a escola é uma instituição falida.
Mas por que
dizemos que a escola é uma instituição falida?
Ora, se dissemos
que a escola deveria preparar o indivíduo para o seu tempo, e dissemos ainda
que a sociedade atual precisa de pessoas criativas e autônomas, capazes de
gerenciar seu conhecimento e seu tempo, verificamos que a escola não tem
atingido esse alvo, tem falhado em sua missão e essa constatação nos impele a investigar,
mesmo que de maneira superficial, a causa, ou causas, dessa falha, contudo não apenas descobrir o motivo da
falha, mas também buscar possíveis soluções.
Nesse sentido,
precisamos mais uma vez voltar à história da educação, olhando o passado, para
tentar entender o presente e planejar o futuro.
Como vimos
anteriormente, quando a escola pública surgiu, no ápice da Revolução
Industrial, ela precisava preparar a mão de obra das fábricas que surgiam e
para isso tinha um currículo rígido, baseado na preparação específica para a
atuação nesse mercado. Nesta escola o foco estava no controle dos
comportamentos, na instrução, no ensino de conteúdos, de normas e regras
rígidas, incontestáveis, que deveriam ser apenas seguidas, pois quem agisse de
forma diferente, ou encontrasse outras respostas distintas das que eram”
ensinadas”, era tido como subversivo.
Verificamos que
hoje, apesar das mudanças da sociedade, da “exigência” de um novo indivíduo,
com especificidades já citadas neste trabalho, a escola continua com as
práticas de outrora. Seu currículo continua fragmentado, a prática baseia-se no
controle do comportamento, na instrução, na transmissão de conteúdo que na maior
parte das vezes é descontextualizado, sem relação alguma com a vida prática,
com o desenvolvimento de habilidades e competências que auxiliarão a vida não
apenas no presente, mas também no futuro.
5. NASCE UMA NOVA ESCOLA
Neste ponto,
julgamos ser essencial retomar os estudos feitos por Papert sobre o
construcionismo, que segundo o próprio autor é uma reconstrução pessoal do
construtivismo de Piaget. Com base na prática do construcionismo, aliado à
inovação pedagógica, que veremos a seguir, certamente conseguiremos construir
uma nova escola em nosso tempo.
O construtivismo
é uma teoria psicológica, um meio de explicação do sistema cognitivo e nos
revela que as crianças constroem suas estruturas cognitivas em relação com o
mundo e individualmente. Piaget descreve como é que esse processo de construção
acontece afim de melhor entender a aprendizagem e o desenvolvimento das
crianças, que são vistas como sujeitos ativos, construtores de conhecimento.
O
construcionismo expande esse conceito do construtivismo, ele é uma
interpretação pedagógica da teoria de Piaget – é o construtivismo em ação, na
prática.
Diferente de
Piaget que em sua teoria, em momento algum citou o que acontece dentro do
espaço escolar, haja vista ter construído uma teoria da cognição, ligada à
psicologia da aprendizagem, Papert aplicou essa teoria na escola e preconiza
que o foco da escola deve ser a aprendizagem e não o ensino, como tem sido até
então. Não deve haver uma preocupação com a instrução, com a transmissão de
saberes, mas sim com a construção do conhecimento. É necessário motivar os
alunos a aprender, instigá-los a buscar respostas criativas e autônomas para os
problemas que lhes são apresentados, buscar novas perguntas, sem se preocupar
se em meio a essa busca muitas vezes haverá o erro, pois sabe que é através do
erro que se chega, de fato, ao conhecimento.
Papert (2008,
p.135) diz que:
O construcionismo é construído sobre a
suposição de que as crianças farão melhor descobrindo por si mesmas o
conhecimento específico de que precisam; a educação organizada ou informal
poderá ajudar mais se certificar-se de que elas estarão sendo apoiadas moral,
psicológica, material e intelectualmente em seus esforços. O tipo de
conhecimento que as crianças mais precisam é o que as ajudará a obter mais
conhecimento.
Nesse sentido,
se fizermos um paralelo desse conceito com as práticas em nossas escolas,
veremos quão distantes estamos. Nosso foco não tem sido a aprendizagem dos
nossos alunos, de fato, por isso talvez estejamos fadados ao fracasso; por esse
motivo talvez nossos indicadores educacionais sejam tão desastrosos. É
emergente a mudança. Precisamos garantir que o princípio defendido por Papert
seja uma realidade: o máximo de aprendizagem com o mínimo de ensino.
Mas como será
isso possível? O que fazer para que teorias, estudos como esse de Papert
tornem-se realidade? Como fazer uma revolução na educação e fazer surgir uma
nova escola que é capaz de preparar o indivíduo para o presente e para o
futuro, desapegando-se das concepções, objetivos educacionais e práticas
preconizadas no período que surgiu a escola pública, século XIX, e que de certa
forma direciona e determina a prática e o currículo da escola atual?
Aqui
apresentamos algumas possíveis respostas: a concepção do que é ensinar e aprender,
o papel do professor e a capacidade da escola inovar pedagogicamente. Nesse
sentido, é mister retomar os estudos sóciointeracionistas de Vygotsky, bem como
as reflexões de Paulo Freire, o estudo sobre a tecnologia na escola que Papert
e Fino fazem que certamente nos
auxiliarão nessa busca de respostas
Comecemos essa
busca pensando sobre as concepções de ensinar e aprender. Ao longo da história
várias concepções surgiram sobre o ato de ensinar e essas determinavam as
práticas pedagógicas, a metodologia, a postura do professor em sala de aula.
Historicamente o papel da escola era o de ensinar, no sentido de transmitir
conhecimentos, sendo o professor a pessoa responsável por essa transferência. Era necessário desenvolver a didática, que é a
arte de ensinar.
Numa perspectiva
freireana, esse tipo de ensino é aquele que predomina numa educação intitulada
por ele de “educação bancária”, ou seja, ensinar significa depositar,
transferir, transmitir valores e conhecimentos (FREIRE, 2007). Poderíamos
também dizer que esse modelo é o presente no paradigma fabril.
Seguindo esse
modelo de educação onde os educadores tudo sabem e os educandos nada sabem, esse
saber deixa de ser experiência pessoal, construída ativamente, para ser uma
experiência passiva e dessa maneira não pode haver conhecimento, pois os
educandos não são chamados a conhecer, mas a memorizar o conteúdo narrado pelo
educador.
Vygotsky
contrapõe-se a essa ideia haja vista o mesmo ter uma concepção que
entende que o conhecimento é socialmente construído pelas e nas relações
humanas, tendo o indivíduo um papel ativo, sob a influência do meio.
Mais uma vez
tornamos a falar do construcionismo, que semelhante ao construtivismo, fala do
desenvolvimento da cognição, mas de forma atrelada à relação com o outro. Nesse
ponto, Papert e seu construcionismo utilizam-se da teoria vygotskyana da ZDP (zona
de desenvolvimento proximal), que pode ser considerada justamente o ambiente da
interação. Na ZDP deve haver alguém que sabe mostrar as ferramentas para a
construção do conhecimento, para a solução dos problemas, para o controle
metacognitivo, pois nesta zona o indivíduo lida com habilidades que estão
emergindo. É preciso haver uma relação um a um, não um para todos como na
instrução simultânea.
Nesse sentido,
poderíamos dizer que ao praticar essa teoria estaríamos inovando
pedagogicamente ao entender a inovação pedagógica como o rompimento de práticas
habituais na escola, como quebra de paradigma.
Como vimos, historicamente
a escola baseou-se no paradigma fabril e foi pautada por uma educação que tinha
como foco o ensino. Nessa perspectiva,
nesta nova escola que se deseja, invertem-se os papeis. O foco não é o ensino,
mas sim a aprendizagem, a construção do conhecimento que se dá de forma ativa,
mediada por alguém que cria momentos de aprendizagem e as crianças trabalham
não na zona independente, mas na zona proximal. Esse mediador, que pode ser o
professor (ou não), tem o papel não de contemplar, avaliar, observar o processo
de construção do conhecimento do educando, mas sim colaborar, interagir.
Quando isso
acontece podemos dizer que de fato a aprendizagem está acontecendo, não no
sentido habitual de aquisição de conteúdos escolares, não no sentido de que o
aprendiz é um paciente da transferência do objeto, mas sim no sentido de um
sujeito ativo, crítico, epistemologicamente curioso, que constrói o
conhecimento do objeto ou participa de sua construção. (FREIRE, 2005)
É necessário
compreender que o aluno é sujeito da sua aprendizagem, é ator e autor da
construção do conhecimento, da aquisição e sistematização dos saberes
escolares, portanto esse deve ser um processo ativo, reflexivo, dinâmico e
significativo,que o envolva por completo e que o possibilite agir no seu
cotidiano, pois se os conteúdos escolares a serem “aprendidos” na escola não
possibilitarem a prática da liberdade, a autonomia e uma prática social
autêntica, crítica e participativa, eles perdem seu valor e consequentemente o
sentido e o estímulo de serem “aprendidos”.
No momento em
que tivermos isso claro, no momento em que essa concepção fizer parte da
prática das escolas, diremos que as mesmas estarão inovando pedagogicamente,
pois romperão de fato com o paradigma fabril e estarão iniciando um novo
paradigma, não alicerçado na didática (arte de ensinar), mas sim na matética (arte
de aprender).
Vale ressaltar
aqui, que diferente do que a maioria pensa, a inovação pedagógica não se dá,
necessariamente, através do uso das TIC’s na educação. É inegável o valor das
tecnologias da informação e que de fato elas são um instrumento eficaz para
auxiliar a aprendizagem (apesar de verificarmos que a tecnologia tem sido um
instrumento para auxiliar tão somente o ensino). No entanto, elas não são fator
fundamental para determinar uma prática pedagógica inovadora, pois para inovar
é necessário ir além das aparências, é preciso ir à essência e mudá-la. A
inovação pedagógica tem estreita relação com a autonomia do educando, não se
centra na figura do professor. É a descontinuidade de tudo que vivenciamos no
espaço escolar até agora, é a quebra de paradigma e a construção de uma nova
forma de fazer a educação, que se baseia em preparar seus educandos não para
uma sociedade e exigências do passado, mas sim para o futuro, nos obrigando a
construir uma nova concepção do que de fato é ensinar e aprender, usando a
tecnologia não como o instrumento didático que garante a inovação, mas sim como
instrumento facilitador da aprendizagem.
Esse conceito
muito se difere do que vem sendo habitualmente pregado e praticado. Muitas
instituições de ensino pensam que por usar a tecnologia em suas práticas elas
estão inovando pedagogicamente, no entanto elas não percebem que tem
transmitido as mesmas aulas, os mesmos conteúdos, sendo um professor
responsável pela transmissão das informações só que com um instrumento
diferente de outrora. O foco continua a ser o ensino e não a aprendizagem, a
busca autônoma e criativa de novos saberes que auxiliarão os educandos na
construção do seu conhecimento.
É notório que o
uso da tecnologia pode auxiliar no processo de inovação pedagógica. Como por exemplo, podemos citar o LOGO, que é
uma linguagem de programação idealizada por Papert, a qual podemos dizer que é
uma metodologia de ensino e aprendizagem no ambiente computacional, que tem uma
linguagem interativa que possibilita à criança construir conhecimento fazendo uso
do computador. Esse conhecimento é construído através da tentativa e erro,
através do desejo de ensinar à Tartaruga a desempenhar funções, utilizando-se
basicamente de conceitos da geometria.
É interessante
que o uso do LOGO, como deve ser o uso das tecnologias em educação, não se
encerra em apenas atingir o objetivo de desenhar uma flor, por exemplo, dando
os diversos comandos de programação computacional. A partir do uso da
tecnologia, as crianças começam a pensar sobre a sua aprendizagem, como fazer
para alcançar melhores resultados ou as respostas de forma mais prática e
rápida. Ao pensar sobre a sua própria aprendizagem o conhecimento é construído de
forma significativa e prazerosa, já que ele é o próprio responsável por essa
construção, ao descobrir fatos, fazer generalizações de proposições e aprender
habilidades.
Com o uso do
LOGO em educação, por exemplo, podemos sim dizer que a informática, a
tecnologia, favorece a inovação pedagógica, haja vista o mesmo possibilitar a
construção do conhecimento, favorecer a aprendizagem que acontece através da
tentativa e erro, através do desejo de criar novos códigos para atingir metas
cada vez mais desafiadoras, de usar os cálculos geométricos adequados para
desenhar o objeto desejado, sendo o próprio indivíduo responsável pela sua
aprendizagem, auxiliado por um mediador, que no caso da escola pode ser o
professor. È diferente de usar o computador para executar tarefas que o
professor determina e diz o que e como deve ser feito.
Quando há uma
prática pedagógica inovadora, com uso ou não das tecnologias, os educandos
aprendem a agir criticamente no meio em que convivem, deixando de agir
ingenuamente para conscientemente colocar em prática os saberes adquiridos,
propiciando a transformação da realidade através da ruptura com um pensamento
que dirigiu o passado.
6. PARA CONCLUIR...
Com todas essas
reflexões talvez tenhamos uma resposta, ou ao menos uma luz no fim do túnel que
nos permita buscar a resposta para a questão inicial deste trabalho: por que os
indicadores educacionais revelam uma educação tão ineficiente?
Poderíamos
afirmar diante do que fora exposto até este momento que a ineficiência da educação
reside justamente na prática baseada em um paradigma de uma sociedade do
passado, sendo necessária uma revolução baseada na inovação pedagógica para que
a educação de fato alcance o sucesso, tendo como fundamento não mais o ensino,
mas sim a aprendizagem.
REFERÊNCIAS
FINO, C. N. O Futuro da Escola do Passado. IN: Jesus Maria Sousa & Carlos
Nogueira Fino (org.). A Escola sob Suspeita. Porto: ASA, 2007.
______ Um
novo paradigma (para a escola): precisa-se. IN FORUNa – Jornal do Grupo de
Estudos Clássicos da Universidade da
Madeira, 1, 2. Funchal: Universidade da Madeira, 2001.
______.
Vygotsky e a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): três implicações
pedagógicas. Revista Portuguesa de Educação, vol. 14, nº 2, pp 273-291,
2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários à prática educativa. 31. ed. São Paulo: Paz e
Terra, 2005.
______ Pedagogia do Oprimido. 46. ed. São
Paulo: Paz e Terra, 2007.
PAPERT, Seymour. A Máquina das Crianças – repensando a escola na era da informática.
Ed. Ver. Porto Alegre: Artmed, 2008.
______. LOGO:
computadores e educação. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.
TOFFLER, Alvin. O Choque do Futuro. Petrópolis/RJ: Record, 1970.
VYGOTSKY, Lev. A Formação Social da Mente: o desenvolvimento dos processos
psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Trabalho apresentado
para a avaliação do seminário de acesso
ao mestrado em Ciências da Educação, área Inovação Pedagógica - módulo Tecnologia e Pedagogia
Construtivista, orientado pelo professor Dr. Carlos Nogueira Fino, em outubro de 2011.
Muito bom. Parabéns !
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